quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
A teoria decisória da gerência proposta por Simon, em 1945, no livro Comportamento Administrativo, é reconhecida pelos estudiosos da teoria administrativa como pertencente à abordagem comportamental (ou behaviorista) da administração, que estuda o comportamento do indivíduo e suas relações dentro das organizações. No entanto, reflete uma forma modificada de comportamentalismo, pois procura demonstrar como as escolhas individuais na organização podem ser influenciadas (BURREL E MORGAN apud ESCRIVÃO FILHO, 1995), pela determinação de algumas premissas decisórias (critérios em que se baseiam as decisões). Simon, dessa maneira, não se enquadra no behaviorismo clássico (LODI, 1993), pois ele quer entender o comportamento da organização estudando a maneira que as pessoas decidem e como a administração pode influenciar nesse processo de tomada de decisão.
Os primeiros passos do estudo do comportamento humano podem ser situados em 1879, quando Wilhelm Wundt instalou em Leipzig um laboratório com este objetivo, iniciando o processo de transformação da Psicologia numa ciência experimental. Leipzig foi o local onde Hugo Munsterberg estudou, em 1885, mas foi como professor em Harvard, em 1913, que ele publicou Psicologia e Eficiência Industrial, criando o campo da Psicologia Industrial (GEORGE JR, 1972).
Foi a partir do fim da primeira guerra mundial que o estudo científico do comportamento humano aplicado à Administração começa a ganhar força, inicialmente com o exército americano recrutando pessoas que tivessem maior aptidão para aprender e desempenhar as funções militares. Logo depois, este processo de seleção ótima ganhou as empresas que passaram a realizar testes para medir a inteligência, aptidões específicas e compreender características da personalidade dos candidatos (PARK, BONIS, ABUD, 1997). Durante esta época é a concepção do homem econômico que prevalece. Um ser capaz de produzir os melhores resultados desde que possua as condições físicas ideais e seja remunerado adequadamente.
Na década de 1930, a preocupação com o comportamento humano nas empresas foi intensificada por dois acontecimentos: “os estudos conduzidos por Elton Mayo em Hawthorne e a promulgação nos EUA do National Labor Relations Act em 1934, garantindo o direito de associação dos trabalhadores americanos”. Estes fatos levaram os empresários a utilizar técnicas para motivar os funcionários: “planos de seguros, canais de comunicação com a direção, encontros, festas e competições foram implementados, na tentativa de agradar aos trabalhadores” (PARK, BONIS, ABUD, 1997, p.83). A partir daí é reconhecido um outro tipo de natureza humana, que deu origem ao homem social. Um ser que tem valores diferentes da organização e que precisa ser respeitado e estimulado, para que se consiga um melhor rendimento por parte do trabalhador.
Surge, assim, uma nova abordagem do pensamento administrativo, a abordagem behaviorista, que concebe a organização “não apenas como um espaço de realização das atividades desejadas pela organização formal”, a que está prevista e escrita nos regulamentos, “mas também como um lugar onde os indivíduos ou grupos procuram satisfazer as suas necessidades particulares” (PARK, BONIS, ABUD, 1997, p.84). É a partir dessa idéia e das duas concepções (econômica e social) da natureza humana, predominantes na época, que Simon propõe a sua teoria da decisão, para análise e descrição das organizações.


Elementos da decisãoPara o administrador é importante, também, entender os elementos componentes de toda decisão administrativa e como elas serão avaliadas. Na opinião de Simon “... toda decisão compõe-se de dois tipos de elementos, denominados elementos de fato e elementos de valor, respectivamente” (SIMON, 1965, p.53). Significa que “cada decisão envolve a seleção de uma meta (elemento de valor) e de um comportamento (elemento de fato) com ela relacionada” (SIMON, 1965, p.5), que privilegiam certas escolhas do estado futuro em detrimento de outras, orientando o comportamento na direção da alternativa selecionada.
Simon distingue as proposições factuais, que representam os meios que levam a consecução dos objetivos, das proposições valorativas (objetivos ou metas), de forma a avaliar se as decisões administrativas estão certas ou não. Em suma, “uma decisão representa uma conclusão de um conjunto de premissas de fato e de valor” (SIMON, 1965, p.144). Para o autor essa distinção é de suma importância para a administração, pois possibilita ao tomador de decisão a compreensão do que se entende por decisão administrativa satisfatória (correta).
Em princípio, as proposições factuais podem ser testadas, para se determinar a sua veracidade ou não, isto é, se o que elas afirmam a respeito de determinada coisa, ocorre ou não na realidade. Já as proposições éticas ou valorativas não podem ser testadas ou comparadas com fatos, pois elas expressam muito mais deveres do que fatos. “Por conseguinte, não existe nenhuma maneira de demonstrar, empírica ou racionalmente, a correção das proposições éticas” (SIMON, 1965, p.54-55). Isto significa que os objetivos determinados pela organização não podem ser avaliados como corretos ou incorretos, mas sim, em tese, os meios escolhidos para alcançá-lo. Em outras palavras, isto demonstra que os objetivos organizacionais são estabelecidos para orientar as ações dos participantes da organização e não para serem questionados se estão certos ou errados.
Desse modo, “se uma frase declara que determinado estado de coisas deve ser, ou que é preferível, ou desejável, ela passa a desempenhar uma função imperativa, e não é nem verdadeira nem falsa, nem correta nem incorreta”. Sendo assim, então como as decisões administrativas podem ser avaliadas quanto a sua exatidão? Para responder a esta questão Simon cita o exemplo de uma companhia de infantaria que busca vencer uma batalha (SIMON, 1965, p.55-57):
“A surpresa constitui a essência de um ataque bem sucedido. Seus efeitos devem ser procurados tanto em operações em pequena como em grande escala. A infantaria alcança a surpresa, mantendo sigilo sobre a hora e o local do ataque, camuflando suas posições, pela rapidez nas manobras de envolvimento, dissimulações, e precauções contra processos estereotipados. O parágrafo pode ser descrito de maneira diferente, separando-o em três frases, a primeira ética, e as outras puramente factuais”:
1. Ataque com sucesso!
2. Um ataque só pode ser bem sucedido quando efetuado de surpresa.
3. As condições que determinam a surpresa são o sigilo quanto a hora e o lugar do ataque, etc.

Esta ilustração, na opinião do autor, demonstra o caráter dual das decisões que o comandante da companhia deve tomar para alcançar a surpresa (dissimular a disposição de suas tropas) e conseqüentemente para o sucesso na batalha. Dessa forma, existe um meio para avaliar a exatidão das decisões tomadas pelo comandante: “saber se as medidas que toma, a fim de alcançar seus objetivos, são medidas apropriadas”. Para Simon “é sempre possível avaliar as decisões nesse sentido relativo, podendo-se determinar, por exemplo, se elas são corretas à luz dos objetivos a que visam”. O autor conclui dizendo: “o que se avalia... não é a decisão do comandante de tomar certas providências, a fim de alcançar a surpresa; o que se avalia é o julgamento para saber se as medidas que ele toma permitirão, realmente, alcançá-la” (SIMON, 1965, p.58). No caso da universidade, o que será avaliado é se as escolhas do corpo administrativo, docente e discente irão levar a instituição ao conceito de excelência na produção científica.




Fonte: www.cptl.ufms.br/dcs/dcsonline/artigos/artigo_01.doc

Ou podemos definir em 6 etapas essa Teoria...

Teoria Das Decisões Decisão: é o processo de análise e escolha entre várias alternativas disponíveis, do curso de ação que a pessoa deverá seguir.

Toda a decisão envolve seis elementos: 1) Tomador de decisão; 2) Objetivos; 3) Preferências; 4) Estratégias; 5) Situação e 6) Resultado.

Decisão racional: ocorre quando na alternativa escolhida, os meios são apropriados para alcançar um determinado fim.

Etapas do Processo Decisorial : 1. Percepção da situação

2. Análise e definição do problema

3. Definição dos objetivos

4. Procura de alternativas de solução

5. Avaliação e comparação dessas alternativas

6. Escolha da alternativa mais adequada



Decorrências da Teoria das Decisões:
Racionalidade limitada: o tomador de decisões conhece apenas parte das informações acerca da situação. Faz pressuposições. Toma decisões com base nos fatos que conhece.
Imperfeição nas decisões: não existem decisões perfeita: apenas umas são melhores que as outras quanto ao resultado que acarretam.
Relatividade nas decisões: toda a decisão é até certo ponto uma acomodação; jamais permite a realização completa ou perfeita dos objetivos, representa a melhor solução encontrada naquela circunstância. A decisão nunca é ótima, apenas satisfatória.
Hierarquização das decisões: Os objetivos visados pelas ações das pessoas obedecem a uma hierarquia, na qual um nível qualquer é um fim em relação ao nível mais baixo e um meio em relação aos de ordem maior.
Racionalidade administrativa: o comportamento dos indivíduos nas organizações é planejado e orientado no sentido de atingir objetivos previamente definidos. Este processo administrativo é um processo decisório pois requer o estabelecimento de rotinas e cursos de ação.
Influência organizacional: a organização retira dos participantes a capacidade de decidir independentemente sobre certos assuntos e a substitui por um processo decisório próprio e previamente estabelecido. A organização decide pelo indivíduo acerca de: divisão de tarefas; padrões de desempenho; sistema de autoridade; canais de comunicação e treinamento e doutrinação.


Fonte: http://nutep.adm.ufrgs.br/adp/tcomportamental.html

A Decisão

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

As três fases.



Fonte: Papel dos Gerentes pág. 53.

Herbert agregou muito com seus estudos para auxilio da forma de agir em “N” situações, ajudando muitos gestores e um publico geral nas tomadas de decisões. Segundo seus estudos “Administrar é sinônimo de tomar decisões”. Podemos definir que toda ação de um gerente é fundamental e de certa forma natural um processo decisório, Com isso Simon se aprofundou no assunto e aplicou dentro dos pensamentos de outros autores (Fayol e Bernard) uma nova forma de visão sobre o estudo.

Foi definido em três fases Segundo Simon:

1°Intelecção ou Prospecção: A análise de um problema ou situação que requer solução.

2° Concepção: Criação de alternativas de soluções para o problema ou situação.

3°Decisão: Julgamento e escolha de uma alternativa.

Processo Decisório


Trabalho desenvolvido, para estudo acadêmico onde mostra e define o processo de decisões, o intuito é auxiliar e de alguma forma explica cada fase de um processo decisório em si, tento a pratica e aptidão de tomar decisões com o maior julgamento e avaliação de alternativas a tomar.